Cada professor deve levantar informações suficientes que permitam decidir de que forma as TICs poderão ser inseridas no ambiente de aprendizagem. Questionamentos devem ser formulados, como por exemplo:
- Quais são suas reais possibilidades?
- Qual o nível econômico de seus estudantes?
- Quais as ferramentas disponíveis na escola (computadores, laboratórios de informática, acesso a internet, biblioteca, datashow, pc-tv, televisões, vídeos, etc.)?
- Qual o domínio que o professor possui na manipulação destes recursos?
Na prática, os elementos que devemos considerar para envolvermos a TIC na tarefa de ensinar, resumem-se em:
- Avaliação do tema a ser desenvolvido em sala de aula. Percebendo suas possibilidades e caminhos, perguntando-se: De que forma poderia ser mais atrativo?
- Verificação, entre os recursos disponíveis, qual se adapta melhor as necessidades, como por exemplo, apresentações utilizando animações, figuras, filmes, cores, sons, etc.; Fóruns de discussão sobre temas desenvolvidos em sala de aula; Mensagens com avisos, links e material de estudos; Pesquisa sobre temas em laboratório; Aplicação da técnica de compartilhamento de documentos (Black Board) para desenvolvimento de trabalhos em conjunto; Webconference; Apresentação dos temas utilizando a ferramenta TV-PC ou DataShow, entre outros.
- Escolhido o(s) recurso(s), avaliação do nível de domínio que o professor possui sobre o(s) mesmo(s). Caso não tenha domínio nenhum ou o mesmo seja insuficiente, o professor não deve desanimar. E sim, fazer justamente o oposto: Animar-se a aprender e procurar alguém que possa ajudá-lo a dominar o conhecimento que necessita.
- Elaboração do material e aplicação em sala de aula.
- É extremamente importante, após a utilização do recurso, avaliação do resultado (aspectos positivos e negativos), questionando-se sobre a validade e eficiência da aplicação do mesmo.
Vale salientar ainda, a necessidade de estar atento ao que se passa com a sociedade para que possamos desenvolver estratégias que se adaptem as futuras necessidades. Para que possamos gerar novas formas de apresentação, socialização e construção do conhecimento, auxiliando o aluno a desenvolver um perfil crítico e profissional, que apresente as competências exigidas pelo mercado de trabalho.
O uso das novas tecnologias na educação é irreversível. Devemos, pois encontrar a melhor forma para sua aplicação, buscando utilizá-la como um mecanismo ou ferramenta para incentivar a criatividade, a descoberta, a pesquisa, com o objetivo de uma melhoria no processo de ensino-aprendizagem.
Apesar da tecnologia desmistificar a imagem de que o professor sabe tudo, isso não acarretará na substituição do mesmo, nem diminuirá o esforço disciplinado do estudo. Apenas ajudará a intensificar o pensamento complexo, interativo e transversal. Pois a presença do mesmo é imprescindível para a formação social, moral e ética do educando como cidadão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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BETTELHEIM, Bruno – Educación y Vida Moderna – Grijalbo, Barcelona, 1982.
CAMILLONI, Alicia. Las apreciaciones personales del profesor. Mimeo de cátedra.
DELORS. Jacques. Educação: um tesouro a descobrir - relatório para a UNESCO da comissão internacional sobre a educação para o século XXI. 6ed. Brasília: Cortez - MEC: UNESCO, 2001.
DURKHEIM, Émille - Educación y Pedagogia. Ensayos y controversias – Trad. Inés Elvira Castaño y Gonzalo Castaño. Editorial Losada S.A, Buenos Aires - Argentina, 1998.
FELDMAN, D.. Ayudar a Enseñar. Editorial Aique, Buenos Aires. 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
FULLER, F.F. Becoming a Teacher. Ed.Kevin Ryan, bown, O.H. Teacher Education. Chicago, Keneneth J. Reachage. 1975.
GOODSON, I. Dar voz ao professor: as histórias de vida dos professores e seu desenvolvimento profissional. In: NÓVOA, A. (org.). Vidas de professores. Porto: Porto Editora, 1995.
HERNÁNDEZ, F Y SANCHO, J. Para enseñar no basta con saber la asignatura. Editorial Paidós. Buenos Aires. 1993.
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