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Apresentação sobre Biometria - Silvie Guedes Albano


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NECESSIDADE – A BOA CONSELHEIRA

Seu papel fundamental na evolução do conhecimento
Autor: Silvie Guedes Albano

Inicialmente, quando paramos para analisar o termo “necessidade”, a conclusão que obtemos não parece ser muito boa. A necessidade é considerada irmã da privação. Mas se mergulharmos mais profundamente no tema, verificaremos a sua grande contribuição para a evolução do conhecimento e, conseqüentemente, do mundo.

A necessidade da constante busca pelo conhecimento é, e em certos aspectos sempre foi, uma exigência da sociedade. O estímulo ao cérebro, a sucessão de fatos e acontecimentos no mundo atual, a velocidade de mudanças e inovações, à vontade que as pessoas possuem de prosperar e qualificar-se cada vez mais em prol da sociedade e de si mesmos. O conhecimento em eterna mutação, exigindo permanente reciclagem e estudo. A visão do mundo como um todo.

Ao longo de nossa história tivemos diversos exemplos de personagens importantes que tiveram o privilégio de serem conhecidos como “Gênios da humanidade”, entre eles estão Einstein, Darwin, Graham Bell, Sócrates, Platão, Euclides, Arquimedes e tantos outros. Mas atentem para algo importante: as necessidades que haviam na época para as necessidades existentes atualmente. Estes personagens foram seres iluminados que alteraram o curso e a maneira de pensar do mundo. Na época em que viveram, muitos foram considerados lunáticos por dedicarem-se de corpo e alma a conceitos e invenções malucas. Mas todos possuíam uma mente a frente de seu tempo.

Alguns como Galileu Galilei, inventor da teoria que pregava que a terra movia-se, viveu na época da inquisição e, para não perder sua vida nas câmaras de tortura, viu-se obrigado a retratar-se perante uma corte que o acusava de heresia. Conta a lenda que Galileu, após ter renunciado as suas opiniões, ajoelhado teria murmurado: “Eppur se muove!” (contudo, ainda se move), referindo-se a terra. Praticamente todos, em suas diferentes épocas, enfrentaram situações difíceis e as ultrapassaram da forma como puderam. Muitos, com certeza, foram podados em seu conhecimento e desenvolvimento. Neste ponto, como acontece comumente até em nossos dias atuais.

Todos esses personagens tinham inserido em seu perfil, aspectos de persistência, firme propósito, paciência e perspectiva. Mas o que é tudo isso, afinal?

Começaremos pelo propósito que é a intenção, o objetivo, é o início do processo. É algo pelo qual você está sempre se esforçando. O que para você dá sentido à vida. Não podemos chamar de meta porque a meta é algo tangível que tem começo e fim. Por exemplo, o propósito de fazer realmente o que se diz que irá fazer e, no caso da meta: ganhar dinheiro.

Embora nos esforçamos, meta não é propósito, embora muitas pessoas achem que o é, o propósito é mais importante. É a idéia que você tem de si mesmo ou o tipo de pessoa que você quer ser na vida.

Há muito mais chance de você fazer o que é moralmente certo, se ser ético faz parte do seu propósito. Se você conservar-se fiel ao propósito, estará satisfeito consigo mesmo.

Paciência é a fé, o ego sobre controle. É o pensamento positivo.

Persistência é o nunca desistir. É manter-se fiel ao compromisso, ao propósito. Tentar é uma maneira ruidosa de não fazer nada.

Já a perspectiva é a capacidade de ver o que realmente é importante numa determinada situação. Sem a perspectiva nos falta objetivos, motivação.

Por que não dizer, então, que somos, pelo menos alguns de nós, pioneiros de paradigmas, senhores do mundo, desbravadores, empreendedores, senhores que tudo podem e tudo querem. Talvez, apenas sorte de estarmos na hora certa e local exato, para recebermos uma certa luz de sabedoria.

Com certeza muitas pessoas que de alguma forma colaboram não só com a área da educação, mas em tantas outras áreas existentes, certamente gostariam de realizar algo que fizesse diferença para o mundo, algo que marcasse sua vida.

Mas será que realmente é necessário pensar tão grande? Será que não devemos começar pelas nossas necessidades mais básicas e mais simples? Como por exemplo, o planejamento de uma aula (que, se for realmente boa, exige trabalho minucioso para ser elaborada e desenvolvida), tendo em mente objetivos concretos, buscando recursos e técnicas de aplicação para o desenvolvimento do trabalho em nossa atual realidade. Encarando esta verdade, pura e simples, sem “arte final”, sem floreios, nem rodeios. Tendo como propósito apenas gerar o estímulo pelo conhecimento, a busca pelo saber. Talvez, apenas fazendo a nossa parte de forma minuciosa e efetiva, já estejamos contribuindo com a evolução do conhecimento.

Baseando-me neste parágrafo, eu questiono: Sabemos quem foi o personagem ou o gênio a inventar o primeiro meio de linguagem ou de comunicação? E o primeiro a inventar a escrita? Por acaso temos conhecimento do nome deste gênio? Por certo, devemos saber a região e o povo onde este fato ocorreu, mas não o nome de quem realmente iniciou este importante processo. A única e grande personagem de nossa história foi, e sempre será, a necessidade. A necessidade foi quem impeliu alguém ou um grupo a se comunicar de alguma forma ou maneira primitiva; foi a necessidade quem fez alguém inventar a escrita. E, muito tempo depois, foi a mesma necessidade que fez a sociedade ou a história, ter necessidade de dar nomes a seus inventores. E, ao meu ver, foi neste momento que começou a grande corrida para muitos, a busca por grandes feitos, buscando tornarem-se suficientemente famosos diante do mundo.

A necessidade provoca a continuação permanente e o estímulo à reinvenção de idéias e metas. Reinvenção? Então não devemos ser pioneiros, isto é, não possuímos inserido em nossos mais profundos desejos, a vontade e, talvez, o sentimento do dever da inovação? Bem, se formos verdadeiramente realistas, não necessariamente teremos o chamado “estalo”, isto é, a visão inovadora de algo que nunca fora imaginado e que tivesse sua importância para o mundo.

A própria história nos mostra que somente alguns foram agraciados com este dom momentâneo ou duradouro. Então por que não discutirmos idéias prontas e procurarmos por melhores formas de executá-las? Enxergarmos o mundo como algo inovador e desconhecido, pronto para ser descoberto e conhecido em sua essência. O próprio Paulo Freire, conhecido e renomado educador, já dizia “O novo nasce do velho e o velho nasce do povo”. Basta enfim, que possamos com uma maior humildade e persistência, buscarmos o verdadeiro significado desta idéia. Construindo passo a passo, trabalhando com a nossa vontade e persistência, sem nunca esquecer o que Marx dizia: “O homem faz a história, mas não exatamente como quer”.

Enfim, devemos incessantemente buscar a igualdade em um mundo de intensa competição, salientar a importância do saber como algo mais na vida. O raciocínio visto como uma dádiva a ser cultivada. A inteligência acima de tudo. A supremacia e o poder pelo cérebro. A visão do conhecimento como o grande capital do mundo.

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O uso das TICs pelo professor no processo de ensino aprendizagem - Silvie Guedes Albano


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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO by Silvie


De forma geral, a educação é um instrumento de transmissão de saberes já existentes. Mas também atua como uma gestora e motivadora da formação do ser humano, visto como um projeto permanente. Servindo tanto para a reprodução quanto para a transformação. A promoção de princípios da igualdade, de lucidez, de respeito ao próximo, de liberdade, de cidadania, de perseverança, de conservação da memória histórica, a formação da inteligência e do raciocínio humano, a consciência do ser humano como um ser individual com suas características, potencialidades, crenças e valores particulares. Promover a lucidez para proporcionar indivíduos que pensam com autonomia.

Em sua obra, Educación y Filosofia – Enfoques Contemporâneos (comp. 2003), Houssaye, salienta que:

“A educação representa então, o instrumento principal de um progresso do espírito, democraticamente oferecido a todos ... A cultura clássica humanista buscará, por um lado transmitir aos alunos os grandes valores humanos, sobretudo, morais e filosóficos, que constituem um conjunto de verdades atemporais de uma natureza humana transcendente ... Na escola e fora dela, o aluno deve dar testemunho permanente dos valores que a sociedade do século XIX deve possuir ... e, sobre tudo, excluir a conduta da grosseria, do vandalismo, do descuido e da violência.”

A crença na educação como o meio supremo para o aperfeiçoamento individual e social. A educação como norteadora da conduta humana e geradora de agentes de mudança e de cooperação, isto é, o desenvolvimento de personagens prontos e dispostos a refutar as verdades existentes, gerando processos de dúvidas e incertezas. Provocando a geração de novas significações no mundo. A incerteza é a grande geradora da busca por novos caminhos.

“... A incerteza tem prioridade e a questão dos valores na educação deve ser traçada de outra maneira... A questão prioritária é outra; já não dependa da busca de uma verdade absoluta, mas ao contrário, a gestão do pluralismo..” (Jean Houssaye – Educación y Filosofía – Enfoques Contemporâneos, 2003).

Estimular o desenvolvimento de processos de questionamentos e contestação, buscando refutar as teorias anteriores para avançar no conhecimento. Não bastando apenas duvidar, mas gerar atitudes e ações que provoquem a geração de problemáticas e atuar sobre estas para que novas teorias sejam criadas permitindo confrontações com a realidade. Gerando múltiplas visões sobre diversos temas, com as contradições e resistências que as acompanham apresentadas nas diversas vertentes.

Sobre isso, o autor Augusto Pérez Lindo, em sua obra A Era das Mutações (2000) afirma que:

“A idéia de que todo o conhecimento é verossímil, mas não absolutamente verdadeiro, nos leva a admitir que existem diferentes graus de verdade.”

E continua, comentando sobre os aspectos do conhecimento individualista:

"Se todas as pessoas agissem como se cada uma fosse seu próprio fim, a sociedade viveria provavelmente em equilíbrio. Mas o desequilíbrio, a diversidade, o conflito o que caracteriza a vida social como a conhecemos até agora. O pluralismo individualista e cultural das sociedades contemporâneas reconhece a legitimidade das múltiplas visões da existência. Como se pode conviver com a multiplicidade de projetos sem chegar ao antagonismo ... O fato de podermos admitir e respeitar todas as formas de pensamento e comportamento individual é uma novidade histórica”.

Também é importante frisar que a educação, ao longo do tempo, continuamente sofreu mudanças e adaptações conforme as novas situações econômicas, sociais e políticas vivenciadas em determinadas épocas. Sobre isso Émile Durkhein salienta que:

“A educação está voltada para as necessidades atuais da sociedade em que está inserida, isto é, a concepção da sociedade sobre o ideal a alcançar” (Educación y Pedagogia, 1998).

Durkheim ainda comenta sobre, o que na visão do autor, é o verdadeiro sentido da educação:

“... a educação, longe de simplesmente objetivar o desenvolvimento do homem tal como se encontra perante a natureza, e sim, tem como objetivo extrair daí um homem totalmente novo; cria um ser que não existe, salvo em estado de germinação: o ser social” (Educación y Pedagogia, 1998).

Torna-se evidente que a educação, a informação e o conhecimento não capacitam apenas para o trabalho, mas ampliam a possibilidade de bem-estar do indivíduo e de sua inserção plena em seu meio, como cidadão, inclusive com um senso de responsabilidade desenvolvido para contribuir para o progresso de sua sociedade.

CONCLUSÃO
Nosso mundo carece de novos heróis, de bons exemplos, de personagens que promovam e demonstrem altruísmo em suas ações.

E, perguntou-me: Como transmitir valores sobre respeito ao próximo, sobre ética e altruísmo em um mundo tão conturbado como o que vivemos nos dias atuais? Onde a violência e a lei do mais forte imperam?

Somente a esperança e a contínua insistência na busca e na construção de um mundo melhor, e por que não dizer utópico? É que nos mantêm vivos e nos salva de submergirmos no completo caos.

A busca constante e teimosa para gerarmos o ser social que não só sobrevive, mas que interage em seu meio, que reage aos estímulos que lhe são oferecidos, que possui o prazer no aprendizado, que questiona e gera novas problemáticas, que busca soluções e consensos. Que transforma o conhecimento, que o adapta as necessidades ou características existentes, que forma e reforma. Um agente ativo, participativo e cooperativo, preparado para adaptar-se às novas mudanças de nosso mundo e buscar continuamente o saber. Esse é o perfil ideal – aquele que ama o saber.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BETTELHEIM, Bruno – Educación y Vida Moderna – Grijalbo, Barcelona, 1982.
DURKHEIM, Émille - Educación y Pedagogia. Ensayos y controversias – Trad. Inés Elvira Castaño y Gonzalo Castaño. Editorial Losada S.A, Buenos Aires - Argentina, 1998.
HOUSSAYE, Jean (comp) – Educación y Filosofia, Enfoques Contemporáneos – Eudeba, Buenos Aires - 2003.
PÉREZ LINDO, Augusto Lindo - A Era das Mutações. Cenários e Filosofias de Mudanças no Mundo – Trad. Francisco Cock Fontanella. Piracicaba, Editora Unimep, 2000.

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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO by Ricardo

A educação passa por uma grande transformação, talvez a maior que já existiu, pois a escola deixou de ser o centro do conhecimento (concentradora). Com a chegada da tecnologia, da internet, a informação passou a estar disponível a qualquer pessoa, a qualquer momento em qualquer lugar, seja em nos grandes centros, tais como: Nova York, Tóquio, São Paulo, seja locais mais carentes, como a África.

"Nossos dias testemunham uma nova relação entre o homem e a informação à sua disposição. Neste contexto, a tecnologia tem importante papel a desempenhar, como elemento habilitador deste novo relacionamento.” (Tecnologia e a Educação como Desenvolvimento Humano, Renato Kraide Soffner e Eduardo Oscar de Campos Chaves).

Por este motivo, o foco da educação deve ser direcionado para desenvolvimento do pensar e do raciocinar.

Despertar no indivíduo o senso crítico, questionador das teorias existentes, criando dúvidas sobre as mesmas e buscando novas teorias e sobre estas novas teorias, novos questionamentos, fazendo disto um exercício contínuo.

Sobre isso, o autor Augusto Pérez Lindo, em sua obra A Era das Mutações (2000) afirma que:

“A idéia de que todo o conhecimento é verossímil, mas não absolutamente verdadeiro, nos leva a admitir que existem diferentes graus de verdade.”

Preparar o ser humano para buscar a liberdade, introduzir os valores morais, éticos, tão necessários hoje em dia. Onde a sociedade passa por um processo de perda de suas referências, como a simples distinção entre conceitos do que é certo e errado. Salienta-se ainda o novo perfil familiar: onde a família já não é mais a mesma, o pai não é mais o referencial, o modelo a ser seguido pelos filhos. Para desenvolver-se uma boa educação é necessário à participação de todos: pais, alunos, professores e estado.

Preparar o homem para tornar-se um líder com condições de conduzir uma sociedade para o desenvolvimento sustentável, com capacidade de assimilar novos conhecimentos e repassá-los para as novas gerações. Tornando-o um cidadão pronto para viver em sociedade, conhecedor de seus direitos e deveres perante o próximo. Fazê-lo compreender que os indivíduos são diferentes, mas devem ser tratados de forma igualitária, ou seja, transformando pessoas em cidadãos.

Introduzir no indivíduo o gosto do aprender, desenvolver suas capacidades e potencialidades, as inteligências múltiplas. Ser capaz de distinguir as particularidades de cada um, explorando o que cada ser tem de melhor, com suas limitações e sua forma peculiar para aprender. Onde as atitudes necessárias para uma boa aprendizagem são: motivação, criatividade, responsabilidade e convivência. Desta forma, gerando um indivíduo que compreende melhor a realidade que o cerca.

Em sua obra, Educación y Filosofia – Enfoques Contemporâneos (comp. 2003), Houssaye, salienta que:

“Educar é fazer obedecer a lei que cada um define a si mesmo, lei igual para cada um, lei válida universalmente. Formar é transformar, é modificar a natureza do homem e da espécie por e para lei racional universal.”

Ao preparar o indivíduo de hoje, para o amanhã. A educação não pode esquecer do passado, da história, pois é através do que ocorreu no passado, é que extraímos os ensinamentos e lições para serem aplicadas no presente e para nos permitir prever o amanhã.

Émilie Durkheim afirma, em sua obra, que:

“Em resumo, a educação, longe de simplesmente objetivar o desenvolvimento do homem tal como se encontra perante a natureza, e sim, tem como objetivo extrair daí um homem totalmente novo; cria um ser que não existe, salvo em estado de germinação: o ser social" (Educación y Pedagogia, 1998).

O grande desafio da educação é fazer os indivíduos desenvolverem a capacidade de compreender os fatos de ontem, de hoje para preparar-se para o futuro. Criando uma sociedade de mais igualdade, em sintonia com o meio-ambiente e com mais qualidade de vida, respeitando os valores éticos, morais e religiosos de cada um. Preservando sua história, seu passado para criar seu futuro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BETTELHEIM, Bruno – Educación y Vida Moderna – Grijalbo, Barcelona, 1982.
DURKHEIM, Émille - Educación y Pedagogia. Ensayos y controversias – Trad. Inés Elvira Castaño y Gonzalo Castaño. Editorial Losada S.A, Buenos Aires - Argentina, 1998.
HOUSSAYE, Jean (comp) – Educación y Filosofia, Enfoques Contemporáneos – Eudeba, Buenos Aires - 2003.
PÉREZ LINDO, Augusto Lindo - A Era das Mutações. Cenários e Filosofias de Mudanças no Mundo – Trad. Francisco Cock Fontanella. Piracicaba, Editora Unimep, 2000.

WEBGRAFIA:
SOFFNER, Renato Kraide & CAMPOS CHAVES, Eduardo Oscar de - Tecnologia e a Educação como Desenvolvimento Humano - 143.106.58.55/revista/include/getdoc.php? id=109&article=38&mode=pdf - acesso em 12 de julho de 2007.


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Vídeo sobre plágio


Autoria: http://charges.uol.com.br/

Postado por Silvie Guedes Albano em Quarta-feira, 25 de agosto, 2010.

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O que é importante para você? O que é para mim?

Vídeo ganhador do prêmio For Vancouver Film School / Youtube Competition.

Produzido por Jorge R. Canedo Estrada of Mexico (Digital Design).

Legenda: português e inglês
Subtitle: portuguese and english



Postado por Silvie Guedes Albano em Quarta-feira, 25 de agosto, 2010.

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Vídeos sobre o perfil do aluno de hoje

Cibercultura


Mundo Digital: As Crianças de Hoje


Nativos Digitais:


Por que precisamos ensinar tecnologias na escola?


Postado por Silvie Guedes Albano em Quarta-feira, 25 de agosto, 2010.

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O PAPEL DO PROFESSOR – REINVENTANDO O JEITO DE EDUCAR


Atualmente há uma grande discussão sobre a profissão de professor, pois a mesma parece estar sempre atravessando sucessivas crises. Os profissionais que atuam nesta área encontram-se no meio de um fogo cruzado: de um lado, a sociedade culpando-os pela crise na educação e do outro, as instituições dizendo que os mesmos não conseguem desenvolver seu trabalho de forma adequada. O que acaba provocando neste profissional uma profunda desmotivação perante o cenário que se descortina a sua frente. Por este motivo, é necessário questionarmos o que deve ser feito para que possamos reinventar a profissão de educar, principalmente, neste tempo de concorrência desigual. Onde a mídia, a internet, os jogos eletrônicos possuem atrativos difíceis de serem superados.

O professor não está preparado para enfrentar e usufruir das novas tecnologias que estão ao seu alcance, persistindo no modelo tradicional de ensino, não preparando o aluno para o mundo ao qual está inserindo.
Além disso, é necessário salientar a existência de uma categoria de professores que utilizam-se do emprego de professor, apenas como um ganho adicional em sua renda familiar. Não sendo a educação seu foco principal de atuação. Sendo bastante questionável se isso é salutar ou não. Mesmo com o honrado objetivo de melhorar a qualidade de vida e poder aquisitivo de sua familiar, a falta de tempo na elaboração dos conteúdos para sua aula, muitas vezes a falta de comprometimento e a provável desmotivação, faz com que um grande mal seja feito as duas partes, professor e aluno. Por um lado, provoca uma grande frustração quando o professor não obtém resultados esperados e, de outra parte, uma aula enfadonha de nada estimula ao alunado, não lhes reservando nenhum tipo de interação, muito menos a construção de ambientes próprios para a geração de conhecimento.


Existe uma luta que concentra seus esforços na busca por uma revalorização e re-dignificação salarial e profissional dos docentes, mas esquece de propor formas para produzir um re-encantamento do professor no aspecto pedagógico, em buscar novas formas de ensinar que “encante” o aluno. Vale salientar que o professor é antes de tudo um ser humano que, por si só, necessita de apoio e valorização para que possa sentir-se motivado, respeitado e aceito pela sociedade em que está inserido.


A escola tornou-se um lugar onde simplesmente há uma transmissão de conhecimentos já prontos, não havendo mais o prazer de aprender. O ambiente para aprendizagem deve propiciar o gosto pelo aprender, incentivar a criatividade, a descoberta, a pesquisa, com o objetivo de uma melhoria no processo de ensino-aprendizagem.


Conforme Hugo Assmann comenta: “Ninguém encontra lugar ao sol na sociedade do conhecimento sem flexibilidade adaptativa. O mundo está se transformando numa trama complexa de sistemas aprendentes” e segue “As biociências descobriram que a vida é, basicamente, uma persistência de processos de aprendizagem. Seres vivos são seres que conseguem manter, de forma flexível e adaptativa, a dinâmica de continuar aprendendo”.


Para o mesmo autor, à vida “se gosta”, isto é, deve-se ter amor pelo que fazemos ou realizamos em nosso cotidiano e em nossa profissão. Por isso os educadores deveriam analisar de que forma a vida dos alunos é concreta, no seu mais profundo dinamismo vital e cognitivo, para que possa compreender como atingir ou capturar o interesse desses alunos.


Nessa perspectiva, exige-se que a profissão do docente não fique reduzida ao domínio dos conteúdos das disciplinas e das técnicas para transmiti-la, mas que seja um conhecimento em construção fundamentado na ação-reflexão-ação e, principalmente, que tenha cunho político, ético e moral, contribuindo para a efetiva formação do aluno-cidadão dentro de uma sociedade em constante transformação.


A docência, nesse contexto, não está mais arraigada somente ao estudo do conteúdo e à técnica de transmissão desse conteúdo. É uma aprendizagem que deve ocorrer dentro de uma problemática, ou seja, de situações concretas que se dão no contexto escolar; é um ir e vir constante. Exige ainda que, além dos conhecimentos, sejam trabalhadas atitudes para o desenvolvimento de uma prática reflexiva competente.


Portanto, a formação de professores deve ser continuada, ou seja, ela deve ocorrer durante toda a vida.


Referências:
ASSMAN, Hugo. 06 - Reencantar a Educação. Published: Aug.31.2006 @ 4:45 pm | Last edited: Aug.31.2006 @ 2:48 pm. http://www.blogtext.org/renatotfilho/topic/2425.html
KRAMER, Sonia. Ser educador: um desafio permanente. Nueva America. La Revista de la Patria Grande – nº 102, 2004, http://www.novamerica.org.br/Revista_digital/L0102/ rev_entrevista.asp
MEIRIEU, Philippe. Es responsabilidad del educador provocar el deseo de aprender. Cuadernos de pedagogía. Nº 373. Nov. 2007. http://www.cuadernosdepedagogia.com/ ver_pdf.asp?idArt=11479.
SOFFNER, Renato Kraide & CAMPOS CHAVES, Eduardo Oscar de - Tecnologia e a Educação como Desenvolvimento Humano - 143.106.58.55/revista/include/getdoc.php? id=109&article=38&mode=pdf - acesso em 12 de julho de 2007.
TEIXEIRA, Anísio. Mestres de amanhã. Discurso proferido na sessão do Conselho Internacional de Educação para o Ensino, reunido no Hotel Glória. Rio de Janeiro. Agosto 1963. Disponibilizado: http://www.prossiga.br/anisioteixeira/artigos/mestres.html - Acesso em 10 julho de 2007.




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Professor: MUDANDO NA PRÁTICA

Antes de tudo é necessário que, individualmente, desenhe-se um cenário claro do que se descortina na vida pedagógica do professor.

Cada professor deve levantar informações suficientes que permitam decidir de que forma as TICs poderão ser inseridas no ambiente de aprendizagem. Questionamentos devem ser formulados, como por exemplo:





  • Quais são suas reais possibilidades? 
  • Qual o nível econômico de seus estudantes? 
  • Quais as ferramentas disponíveis na escola (computadores, laboratórios de informática, acesso a internet, biblioteca, datashow, pc-tv, televisões, vídeos, etc.)? 
  • Qual o domínio que o professor possui na manipulação destes recursos? 
Apenas desta forma poderemos realmente aplicar e praticar as TICs de forma eficiente, evoluir aos poucos e não sofrer fracassos ao mergulhar na era da informação.

Na prática, os elementos que devemos considerar para envolvermos a TIC na tarefa de ensinar, resumem-se em:



  • Avaliação do tema a ser desenvolvido em sala de aula. Percebendo suas possibilidades e caminhos, perguntando-se: De que forma poderia ser mais atrativo?
  • Verificação, entre os recursos disponíveis, qual se adapta melhor as necessidades, como por exemplo, apresentações utilizando animações, figuras, filmes, cores, sons, etc.; Fóruns de discussão sobre temas desenvolvidos em sala de aula; Mensagens com avisos, links e material de estudos; Pesquisa sobre temas em laboratório; Aplicação da técnica de compartilhamento de documentos (Black Board) para desenvolvimento de trabalhos em conjunto; Webconference; Apresentação dos temas utilizando a ferramenta TV-PC ou DataShow, entre outros.
  • Escolhido o(s) recurso(s), avaliação do nível de domínio que o professor possui sobre o(s) mesmo(s). Caso não tenha domínio nenhum ou o mesmo seja insuficiente, o professor não deve desanimar. E sim, fazer justamente o oposto: Animar-se a aprender e procurar alguém que possa ajudá-lo a dominar o conhecimento que necessita.
  • Elaboração do material e aplicação em sala de aula.
  • É extremamente importante, após a utilização do recurso, avaliação do resultado (aspectos positivos e negativos), questionando-se sobre a validade e eficiência da aplicação do mesmo.
Quando a informática é inserida na escola como uma ferramenta multidisciplinar e não apenas como uma disciplina, ela se constitui em um elemento a mais para o professor desenvolver seu trabalho, suas atividades de modo que conduza a uma reflexão sobre qual a melhor forma de empregar este recurso. Isto significa que a informática estará sendo usada a serviço de um projeto educacional, propiciando aos alunos condições de trabalharem a partir de temas ou atividades surgidas no contexto da sala de aula.

Vale salientar ainda, a necessidade de estar atento ao que se passa com a sociedade para que possamos desenvolver estratégias que se adaptem as futuras necessidades. Para que possamos gerar novas formas de apresentação, socialização e construção do conhecimento, auxiliando o aluno a desenvolver um perfil crítico e profissional, que apresente as competências exigidas pelo mercado de trabalho.

O uso das novas tecnologias na educação é irreversível. Devemos, pois encontrar a melhor forma para sua aplicação, buscando utilizá-la como um mecanismo ou ferramenta para incentivar a criatividade, a descoberta, a pesquisa, com o objetivo de uma melhoria no processo de ensino-aprendizagem.

Apesar da tecnologia desmistificar a imagem de que o professor sabe tudo, isso não acarretará na substituição do mesmo, nem diminuirá o esforço disciplinado do estudo. Apenas ajudará a intensificar o pensamento complexo, interativo e transversal. Pois a presença do mesmo é imprescindível para a formação social, moral e ética do educando como cidadão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALVES, Rubem. Conversas com quem gosta de Ensinar, Sobre jequitibás e eucaliptos. Edições Asa, 2002.
BETTELHEIM, Bruno – Educación y Vida Moderna – Grijalbo, Barcelona, 1982.
CAMILLONI, Alicia. Las apreciaciones personales del profesor. Mimeo de cátedra.
DELORS. Jacques. Educação: um tesouro a descobrir - relatório para a UNESCO da comissão internacional sobre a educação para o século XXI. 6ed. Brasília: Cortez - MEC: UNESCO, 2001.
DURKHEIM, Émille - Educación y Pedagogia. Ensayos y controversias – Trad. Inés Elvira Castaño y Gonzalo Castaño. Editorial Losada S.A, Buenos Aires - Argentina, 1998.
FELDMAN, D.. Ayudar a Enseñar. Editorial Aique, Buenos Aires. 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
FULLER, F.F. Becoming a Teacher. Ed.Kevin Ryan, bown, O.H. Teacher Education. Chicago, Keneneth J. Reachage. 1975.
GOODSON, I. Dar voz ao professor: as histórias de vida dos professores e seu desenvolvimento profissional. In: NÓVOA, A. (org.). Vidas de professores. Porto: Porto Editora, 1995.
HERNÁNDEZ, F Y SANCHO, J. Para enseñar no basta con saber la asignatura. Editorial Paidós. Buenos Aires. 1993.





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