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NECESSIDADE – A BOA CONSELHEIRA

Seu papel fundamental na evolução do conhecimento
Autor: Silvie Guedes Albano

Inicialmente, quando paramos para analisar o termo “necessidade”, a conclusão que obtemos não parece ser muito boa. A necessidade é considerada irmã da privação. Mas se mergulharmos mais profundamente no tema, verificaremos a sua grande contribuição para a evolução do conhecimento e, conseqüentemente, do mundo.

A necessidade da constante busca pelo conhecimento é, e em certos aspectos sempre foi, uma exigência da sociedade. O estímulo ao cérebro, a sucessão de fatos e acontecimentos no mundo atual, a velocidade de mudanças e inovações, à vontade que as pessoas possuem de prosperar e qualificar-se cada vez mais em prol da sociedade e de si mesmos. O conhecimento em eterna mutação, exigindo permanente reciclagem e estudo. A visão do mundo como um todo.

Ao longo de nossa história tivemos diversos exemplos de personagens importantes que tiveram o privilégio de serem conhecidos como “Gênios da humanidade”, entre eles estão Einstein, Darwin, Graham Bell, Sócrates, Platão, Euclides, Arquimedes e tantos outros. Mas atentem para algo importante: as necessidades que haviam na época para as necessidades existentes atualmente. Estes personagens foram seres iluminados que alteraram o curso e a maneira de pensar do mundo. Na época em que viveram, muitos foram considerados lunáticos por dedicarem-se de corpo e alma a conceitos e invenções malucas. Mas todos possuíam uma mente a frente de seu tempo.

Alguns como Galileu Galilei, inventor da teoria que pregava que a terra movia-se, viveu na época da inquisição e, para não perder sua vida nas câmaras de tortura, viu-se obrigado a retratar-se perante uma corte que o acusava de heresia. Conta a lenda que Galileu, após ter renunciado as suas opiniões, ajoelhado teria murmurado: “Eppur se muove!” (contudo, ainda se move), referindo-se a terra. Praticamente todos, em suas diferentes épocas, enfrentaram situações difíceis e as ultrapassaram da forma como puderam. Muitos, com certeza, foram podados em seu conhecimento e desenvolvimento. Neste ponto, como acontece comumente até em nossos dias atuais.

Todos esses personagens tinham inserido em seu perfil, aspectos de persistência, firme propósito, paciência e perspectiva. Mas o que é tudo isso, afinal?

Começaremos pelo propósito que é a intenção, o objetivo, é o início do processo. É algo pelo qual você está sempre se esforçando. O que para você dá sentido à vida. Não podemos chamar de meta porque a meta é algo tangível que tem começo e fim. Por exemplo, o propósito de fazer realmente o que se diz que irá fazer e, no caso da meta: ganhar dinheiro.

Embora nos esforçamos, meta não é propósito, embora muitas pessoas achem que o é, o propósito é mais importante. É a idéia que você tem de si mesmo ou o tipo de pessoa que você quer ser na vida.

Há muito mais chance de você fazer o que é moralmente certo, se ser ético faz parte do seu propósito. Se você conservar-se fiel ao propósito, estará satisfeito consigo mesmo.

Paciência é a fé, o ego sobre controle. É o pensamento positivo.

Persistência é o nunca desistir. É manter-se fiel ao compromisso, ao propósito. Tentar é uma maneira ruidosa de não fazer nada.

Já a perspectiva é a capacidade de ver o que realmente é importante numa determinada situação. Sem a perspectiva nos falta objetivos, motivação.

Por que não dizer, então, que somos, pelo menos alguns de nós, pioneiros de paradigmas, senhores do mundo, desbravadores, empreendedores, senhores que tudo podem e tudo querem. Talvez, apenas sorte de estarmos na hora certa e local exato, para recebermos uma certa luz de sabedoria.

Com certeza muitas pessoas que de alguma forma colaboram não só com a área da educação, mas em tantas outras áreas existentes, certamente gostariam de realizar algo que fizesse diferença para o mundo, algo que marcasse sua vida.

Mas será que realmente é necessário pensar tão grande? Será que não devemos começar pelas nossas necessidades mais básicas e mais simples? Como por exemplo, o planejamento de uma aula (que, se for realmente boa, exige trabalho minucioso para ser elaborada e desenvolvida), tendo em mente objetivos concretos, buscando recursos e técnicas de aplicação para o desenvolvimento do trabalho em nossa atual realidade. Encarando esta verdade, pura e simples, sem “arte final”, sem floreios, nem rodeios. Tendo como propósito apenas gerar o estímulo pelo conhecimento, a busca pelo saber. Talvez, apenas fazendo a nossa parte de forma minuciosa e efetiva, já estejamos contribuindo com a evolução do conhecimento.

Baseando-me neste parágrafo, eu questiono: Sabemos quem foi o personagem ou o gênio a inventar o primeiro meio de linguagem ou de comunicação? E o primeiro a inventar a escrita? Por acaso temos conhecimento do nome deste gênio? Por certo, devemos saber a região e o povo onde este fato ocorreu, mas não o nome de quem realmente iniciou este importante processo. A única e grande personagem de nossa história foi, e sempre será, a necessidade. A necessidade foi quem impeliu alguém ou um grupo a se comunicar de alguma forma ou maneira primitiva; foi a necessidade quem fez alguém inventar a escrita. E, muito tempo depois, foi a mesma necessidade que fez a sociedade ou a história, ter necessidade de dar nomes a seus inventores. E, ao meu ver, foi neste momento que começou a grande corrida para muitos, a busca por grandes feitos, buscando tornarem-se suficientemente famosos diante do mundo.

A necessidade provoca a continuação permanente e o estímulo à reinvenção de idéias e metas. Reinvenção? Então não devemos ser pioneiros, isto é, não possuímos inserido em nossos mais profundos desejos, a vontade e, talvez, o sentimento do dever da inovação? Bem, se formos verdadeiramente realistas, não necessariamente teremos o chamado “estalo”, isto é, a visão inovadora de algo que nunca fora imaginado e que tivesse sua importância para o mundo.

A própria história nos mostra que somente alguns foram agraciados com este dom momentâneo ou duradouro. Então por que não discutirmos idéias prontas e procurarmos por melhores formas de executá-las? Enxergarmos o mundo como algo inovador e desconhecido, pronto para ser descoberto e conhecido em sua essência. O próprio Paulo Freire, conhecido e renomado educador, já dizia “O novo nasce do velho e o velho nasce do povo”. Basta enfim, que possamos com uma maior humildade e persistência, buscarmos o verdadeiro significado desta idéia. Construindo passo a passo, trabalhando com a nossa vontade e persistência, sem nunca esquecer o que Marx dizia: “O homem faz a história, mas não exatamente como quer”.

Enfim, devemos incessantemente buscar a igualdade em um mundo de intensa competição, salientar a importância do saber como algo mais na vida. O raciocínio visto como uma dádiva a ser cultivada. A inteligência acima de tudo. A supremacia e o poder pelo cérebro. A visão do conhecimento como o grande capital do mundo.

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O uso das TICs pelo professor no processo de ensino aprendizagem - Silvie Guedes Albano


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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO by Silvie


De forma geral, a educação é um instrumento de transmissão de saberes já existentes. Mas também atua como uma gestora e motivadora da formação do ser humano, visto como um projeto permanente. Servindo tanto para a reprodução quanto para a transformação. A promoção de princípios da igualdade, de lucidez, de respeito ao próximo, de liberdade, de cidadania, de perseverança, de conservação da memória histórica, a formação da inteligência e do raciocínio humano, a consciência do ser humano como um ser individual com suas características, potencialidades, crenças e valores particulares. Promover a lucidez para proporcionar indivíduos que pensam com autonomia.

Em sua obra, Educación y Filosofia – Enfoques Contemporâneos (comp. 2003), Houssaye, salienta que:

“A educação representa então, o instrumento principal de um progresso do espírito, democraticamente oferecido a todos ... A cultura clássica humanista buscará, por um lado transmitir aos alunos os grandes valores humanos, sobretudo, morais e filosóficos, que constituem um conjunto de verdades atemporais de uma natureza humana transcendente ... Na escola e fora dela, o aluno deve dar testemunho permanente dos valores que a sociedade do século XIX deve possuir ... e, sobre tudo, excluir a conduta da grosseria, do vandalismo, do descuido e da violência.”

A crença na educação como o meio supremo para o aperfeiçoamento individual e social. A educação como norteadora da conduta humana e geradora de agentes de mudança e de cooperação, isto é, o desenvolvimento de personagens prontos e dispostos a refutar as verdades existentes, gerando processos de dúvidas e incertezas. Provocando a geração de novas significações no mundo. A incerteza é a grande geradora da busca por novos caminhos.

“... A incerteza tem prioridade e a questão dos valores na educação deve ser traçada de outra maneira... A questão prioritária é outra; já não dependa da busca de uma verdade absoluta, mas ao contrário, a gestão do pluralismo..” (Jean Houssaye – Educación y Filosofía – Enfoques Contemporâneos, 2003).

Estimular o desenvolvimento de processos de questionamentos e contestação, buscando refutar as teorias anteriores para avançar no conhecimento. Não bastando apenas duvidar, mas gerar atitudes e ações que provoquem a geração de problemáticas e atuar sobre estas para que novas teorias sejam criadas permitindo confrontações com a realidade. Gerando múltiplas visões sobre diversos temas, com as contradições e resistências que as acompanham apresentadas nas diversas vertentes.

Sobre isso, o autor Augusto Pérez Lindo, em sua obra A Era das Mutações (2000) afirma que:

“A idéia de que todo o conhecimento é verossímil, mas não absolutamente verdadeiro, nos leva a admitir que existem diferentes graus de verdade.”

E continua, comentando sobre os aspectos do conhecimento individualista:

"Se todas as pessoas agissem como se cada uma fosse seu próprio fim, a sociedade viveria provavelmente em equilíbrio. Mas o desequilíbrio, a diversidade, o conflito o que caracteriza a vida social como a conhecemos até agora. O pluralismo individualista e cultural das sociedades contemporâneas reconhece a legitimidade das múltiplas visões da existência. Como se pode conviver com a multiplicidade de projetos sem chegar ao antagonismo ... O fato de podermos admitir e respeitar todas as formas de pensamento e comportamento individual é uma novidade histórica”.

Também é importante frisar que a educação, ao longo do tempo, continuamente sofreu mudanças e adaptações conforme as novas situações econômicas, sociais e políticas vivenciadas em determinadas épocas. Sobre isso Émile Durkhein salienta que:

“A educação está voltada para as necessidades atuais da sociedade em que está inserida, isto é, a concepção da sociedade sobre o ideal a alcançar” (Educación y Pedagogia, 1998).

Durkheim ainda comenta sobre, o que na visão do autor, é o verdadeiro sentido da educação:

“... a educação, longe de simplesmente objetivar o desenvolvimento do homem tal como se encontra perante a natureza, e sim, tem como objetivo extrair daí um homem totalmente novo; cria um ser que não existe, salvo em estado de germinação: o ser social” (Educación y Pedagogia, 1998).

Torna-se evidente que a educação, a informação e o conhecimento não capacitam apenas para o trabalho, mas ampliam a possibilidade de bem-estar do indivíduo e de sua inserção plena em seu meio, como cidadão, inclusive com um senso de responsabilidade desenvolvido para contribuir para o progresso de sua sociedade.

CONCLUSÃO
Nosso mundo carece de novos heróis, de bons exemplos, de personagens que promovam e demonstrem altruísmo em suas ações.

E, perguntou-me: Como transmitir valores sobre respeito ao próximo, sobre ética e altruísmo em um mundo tão conturbado como o que vivemos nos dias atuais? Onde a violência e a lei do mais forte imperam?

Somente a esperança e a contínua insistência na busca e na construção de um mundo melhor, e por que não dizer utópico? É que nos mantêm vivos e nos salva de submergirmos no completo caos.

A busca constante e teimosa para gerarmos o ser social que não só sobrevive, mas que interage em seu meio, que reage aos estímulos que lhe são oferecidos, que possui o prazer no aprendizado, que questiona e gera novas problemáticas, que busca soluções e consensos. Que transforma o conhecimento, que o adapta as necessidades ou características existentes, que forma e reforma. Um agente ativo, participativo e cooperativo, preparado para adaptar-se às novas mudanças de nosso mundo e buscar continuamente o saber. Esse é o perfil ideal – aquele que ama o saber.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BETTELHEIM, Bruno – Educación y Vida Moderna – Grijalbo, Barcelona, 1982.
DURKHEIM, Émille - Educación y Pedagogia. Ensayos y controversias – Trad. Inés Elvira Castaño y Gonzalo Castaño. Editorial Losada S.A, Buenos Aires - Argentina, 1998.
HOUSSAYE, Jean (comp) – Educación y Filosofia, Enfoques Contemporáneos – Eudeba, Buenos Aires - 2003.
PÉREZ LINDO, Augusto Lindo - A Era das Mutações. Cenários e Filosofias de Mudanças no Mundo – Trad. Francisco Cock Fontanella. Piracicaba, Editora Unimep, 2000.

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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO by Ricardo

A educação passa por uma grande transformação, talvez a maior que já existiu, pois a escola deixou de ser o centro do conhecimento (concentradora). Com a chegada da tecnologia, da internet, a informação passou a estar disponível a qualquer pessoa, a qualquer momento em qualquer lugar, seja em nos grandes centros, tais como: Nova York, Tóquio, São Paulo, seja locais mais carentes, como a África.

"Nossos dias testemunham uma nova relação entre o homem e a informação à sua disposição. Neste contexto, a tecnologia tem importante papel a desempenhar, como elemento habilitador deste novo relacionamento.” (Tecnologia e a Educação como Desenvolvimento Humano, Renato Kraide Soffner e Eduardo Oscar de Campos Chaves).

Por este motivo, o foco da educação deve ser direcionado para desenvolvimento do pensar e do raciocinar.

Despertar no indivíduo o senso crítico, questionador das teorias existentes, criando dúvidas sobre as mesmas e buscando novas teorias e sobre estas novas teorias, novos questionamentos, fazendo disto um exercício contínuo.

Sobre isso, o autor Augusto Pérez Lindo, em sua obra A Era das Mutações (2000) afirma que:

“A idéia de que todo o conhecimento é verossímil, mas não absolutamente verdadeiro, nos leva a admitir que existem diferentes graus de verdade.”

Preparar o ser humano para buscar a liberdade, introduzir os valores morais, éticos, tão necessários hoje em dia. Onde a sociedade passa por um processo de perda de suas referências, como a simples distinção entre conceitos do que é certo e errado. Salienta-se ainda o novo perfil familiar: onde a família já não é mais a mesma, o pai não é mais o referencial, o modelo a ser seguido pelos filhos. Para desenvolver-se uma boa educação é necessário à participação de todos: pais, alunos, professores e estado.

Preparar o homem para tornar-se um líder com condições de conduzir uma sociedade para o desenvolvimento sustentável, com capacidade de assimilar novos conhecimentos e repassá-los para as novas gerações. Tornando-o um cidadão pronto para viver em sociedade, conhecedor de seus direitos e deveres perante o próximo. Fazê-lo compreender que os indivíduos são diferentes, mas devem ser tratados de forma igualitária, ou seja, transformando pessoas em cidadãos.

Introduzir no indivíduo o gosto do aprender, desenvolver suas capacidades e potencialidades, as inteligências múltiplas. Ser capaz de distinguir as particularidades de cada um, explorando o que cada ser tem de melhor, com suas limitações e sua forma peculiar para aprender. Onde as atitudes necessárias para uma boa aprendizagem são: motivação, criatividade, responsabilidade e convivência. Desta forma, gerando um indivíduo que compreende melhor a realidade que o cerca.

Em sua obra, Educación y Filosofia – Enfoques Contemporâneos (comp. 2003), Houssaye, salienta que:

“Educar é fazer obedecer a lei que cada um define a si mesmo, lei igual para cada um, lei válida universalmente. Formar é transformar, é modificar a natureza do homem e da espécie por e para lei racional universal.”

Ao preparar o indivíduo de hoje, para o amanhã. A educação não pode esquecer do passado, da história, pois é através do que ocorreu no passado, é que extraímos os ensinamentos e lições para serem aplicadas no presente e para nos permitir prever o amanhã.

Émilie Durkheim afirma, em sua obra, que:

“Em resumo, a educação, longe de simplesmente objetivar o desenvolvimento do homem tal como se encontra perante a natureza, e sim, tem como objetivo extrair daí um homem totalmente novo; cria um ser que não existe, salvo em estado de germinação: o ser social" (Educación y Pedagogia, 1998).

O grande desafio da educação é fazer os indivíduos desenvolverem a capacidade de compreender os fatos de ontem, de hoje para preparar-se para o futuro. Criando uma sociedade de mais igualdade, em sintonia com o meio-ambiente e com mais qualidade de vida, respeitando os valores éticos, morais e religiosos de cada um. Preservando sua história, seu passado para criar seu futuro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BETTELHEIM, Bruno – Educación y Vida Moderna – Grijalbo, Barcelona, 1982.
DURKHEIM, Émille - Educación y Pedagogia. Ensayos y controversias – Trad. Inés Elvira Castaño y Gonzalo Castaño. Editorial Losada S.A, Buenos Aires - Argentina, 1998.
HOUSSAYE, Jean (comp) – Educación y Filosofia, Enfoques Contemporáneos – Eudeba, Buenos Aires - 2003.
PÉREZ LINDO, Augusto Lindo - A Era das Mutações. Cenários e Filosofias de Mudanças no Mundo – Trad. Francisco Cock Fontanella. Piracicaba, Editora Unimep, 2000.

WEBGRAFIA:
SOFFNER, Renato Kraide & CAMPOS CHAVES, Eduardo Oscar de - Tecnologia e a Educação como Desenvolvimento Humano - 143.106.58.55/revista/include/getdoc.php? id=109&article=38&mode=pdf - acesso em 12 de julho de 2007.


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